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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Cultura, sob Bolsonaro, vive volta da censura, perda de ministério e viés evangélico

Presidente Jair Bolsonaro

As ações do governo na Cultura em 2019 tiveram duas tônicas -a censura voltou a ameaçar a livre expressão de artistas subsidiados por verba pública, com agressividade que não se via desde a redemocratização, e a indústria do audiovisual, que vinha registrando crescimentos sucessivos e levava o cinema nacional para os principais festivais do mundo, foi freada com paralisações e cancelamentos de prêmios e patrocínios.

A extinção do Ministério da Cultura, definido no fim de 2018 e confirmado bem no início deste ano, já dava sinais de uma revisão histórica. Representou o ponto inicial de uma coleção de conflitos entre a classe artística e o governo.

Criado em 1985 pelo então presidente José Sarney, a instituição foi transformada na Secretaria Especial da Cultura, subordinada à pasta da Cidadania, sob comando do médico Osmar Terra. Em novembro, passou a fazer parte do Ministério do Turismo.

Já entre as primeiras medidas para o setor, o presidente Jair Bolsonaro questionou o patrocínio das empresas estatais à cultura. Reduziu o montante de incentivos na Caixa Cultural, no Banco do Brasil e nos Correios.

O governo anunciou ainda que a fatia mais robusta, vinda da Petrobras, deixaria de existir para ser realocada para programas de educação e produção tecnológica. O corte provocou preocupação, sobretudo nas direções dos grandes festivais de cinema.

O resultado da interrupção se consolidou no transcorrer de todo o ano, com a redução significativa das programações do Festival do Rio e do Anima Mundi, entre outros. Matéria completa na Folha de Pernambuco.

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