As principais centrais sindicais do país farão uma
manifestação na Avenida Paulista, na próxima segunda-feira (3), data em que
Jair Bolsonaro participará de um almoço com os líderes da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a convite do presidente da entidade
Paulo Skaf.
O motivo principal do protesto, que terá início às 9h da
manhã no vão livre do Masp e ato político em frente ao prédio da entidade a
partir do meio-dia, é a política de desmonte do Estado brasileiro promovida
pela dupla Bolsonaro e Paulo Guedes (ministro da Economia) e as altas taxas de
desemprego que vêm sendo registradas no país.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforça que o povo
brasileiro tem motivo de sobra para ir às ruas. “O Brasil tem hoje quase 13
milhões de desempregados e o grande responsável é o governo Bolsonaro que, com
sua falta de projeto de desenvolvimento, promove a volta da pobreza e a
exclusão social”.
De acordo com o dirigente, mesmo quando o governo comemora
dados positivos, as notícias nem sempre são boas para a classe trabalhadora. Um
exemplo disso foram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados na semana passada, que mostram crescimento de vagas formais
de trabalho. O que o governo não disse é que mais de cem mil vagas foram de
trabalho precário, com baixa remuneração.
Sérgio Nobre também alerta que a democracia e o movimento
sindical vêm sendo atacados de forma sistemática pelo governo que quer
enfraquecer a luta da sociedade e dos trabalhadores e trabalhadoras por
liberdade, melhores condições de vida e emprego decente.
O presidente da CUT afirma ainda que a política de
Bolsonaro “está destruindo a indústria brasileira e é uma grande contradição de
Paulo Skaf receber Bolsonaro porque não há ninguém mais anti-indústria do que a
dupla Bolsonaro/Guedes”.
Agenda de luta continua
No dia 14 de fevereiro estão marcados atos em frente às agências do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o Brasil com o intuito de denunciar o
desmonte do sistema previdenciário que tem dificultado o acesso aos benefícios.
Os atos serão feitos com panfletagens e diálogo com a população com o alerta de
que a situação de precariedade no INSS pode se espalhar a outros setores
públicos.
A ação nas agências do INSS denunciará também a
militarização do serviço público prevista em decreto do vice-presidente
Hamilton Mourão, que permite o uso indiscriminado de militares em todos os
setores públicos.
Atos também serão realizados em 8 de março – Dia
Internacional da Mulher e em 18 de março – Dia Nacional de Mobilização e Luta
em defesa do emprego, dos direitos, dos serviços públicos, da educação e da
saúde.
No dia 1° de Maio, a exemplo de 2019, as centrais farão
atos unificados por todo o país na celebração do Dia do Trabalhador.
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