O dólar bateu pela primeira vez na história nesta sexta-feira
(21) o patamar de R$ 4,40, mas mudou de rumo e passou a ser negociado em queda.
Às 12h34, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3785
na venda, em queda de 0,30%. Na abertura, chegou a R$ 4,4061 – nova máxima
nominal intradia já registrada no país. Na mínima da sessão até o momento
chegou a R$ 4,3725. Veja
mais cotações.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5720. Nas casas de
câmbio, considerando a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras),
chegou a ser oferecido acima de R$ 4,60 para compra em papel moeda e a R$ 4,84
no cartão pré-pago.
Entre os fatores que influenciaram a mudança de rota,
investidores citam a divulgação nos Estados Unidos de dados ruins sobre a
atividade nos setores de manufatura e serviços, com as empresas cada vez mais
preocupadas com os impactos do coronavírus na economia global. O Índice IHS
Markit caiu para 49,4 em fevereiro, o menor desde outubro de 2013, segundo a
agência Reuters.
Na sessão anterior, o dólar encerrou o dia vendido a R$
4,3917, em alta de 0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a
inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação
nominal intradia até então, segundo dados do ValorPro.
A marca de R$ 4,40 é o maior valor nominal já registrado.
Considerando a inflação, no entanto, a maior cotação do dólar desde lançamento
do Plano Real foi a atingida no final de 2002. Segundo a Economatica, com
a correção pelo IPCA, a máxima histórica é a do dia 22 de outubro de 2002,
quando a moeda dos EUA fechou a R$ 3,9552, o equivalente atualmente a R$
11,016.
O dólar acumulou até a véspera alta de 2,49% no mês. No
ano, o avanço chega a 9,52%. (G1)
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