Em meio à ocupação plena das unidades de terapia intensiva
(UTIs), Pernambuco tem se desdobrado em busca de ventiladores pulmonares,
comumente chamados de respiradores, que salvam vidas de pacientes graves
infectados pelo novo coronavírus.
Num momento em que os pacientes têm esperado mais tempo do
que o necessário por uma vaga, o Estado faz uma ginástica tamanha para obter os
aparelhos e evitar a chegada do dia em que não se tenha mais como oferecer
assistência hospitalar para os casos severos de covid-19. “Respirador é o item
que mais nos falta aqui.
Temos leitos projetados (locais onde possam ser
implementados), mas precisamos de equipamentos, que podem permitir que a gente
chegue a 100 vagas no Hospital Alfa (em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife) e a
40 leitos na Maternidade Brites de Albuquerque (em Olinda) nos próximos dias.
Mas dependemos fortemente da aquisição de equipamentos neste momento”, disse o
secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, durante coletiva de imprensa
online nesta terça-feira (21).
Para ele, o principal nó a ser desatado, na intermediação
com o governo federal, está na distribuição dos respiradores já adquiridos pelo
Estado. “Compramos cem respiradores a uma empresa que também fornece (o mesmo
equipamento) ao Ministério da Saúde. Estamos em contato com o ministro para que
ele possa liberar esses ventiladores.
A empresa diz que não nos entrega porque tem que priorizar
as solicitações do Ministério da Saúde. Entendemos que esse esforço pode ser
reconhecido pelo ministério liberando os cem respiradores para Pernambuco”,
frisou Longo. Ele ressalta que o governo de Pernambuco assinou, inclusive,
contrato para requisição dos ventiladores no dia 20 de março, antes de o
ministério solicitar informações à empresa sobre a disponibilidade do
equipamento. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do
órgão e aguarda uma posição sobre o assunto. Por Cinthya Leite do JC Online.
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