O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello
determinou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja comunicado que um
grupo de advogados apresentou uma ação com o intuito de forçar o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a analisar um pedido de impeachment. O pedido para
o afastamento do chefe do Executivo consta em uma denúncia por crime de
responsabilidade do mesmo.
De acordo com a decisão do ministro do STF, Bolsonaro pode
contestar a ação. O grupo de advogados responsável por ela recorreu ao STF com
o objetivo de fazer com que Maia analise o pedido de impedimento. No início de
abril, o presidente da Câmara afirmou que não iria arquivar os pedidos de
impeachment do chefe do Executivo.
Na ação, os advogados também solicitaram à Corte que cobre
a Bolsonaro medidas em relação ao novo coronavírus, como, por exemplo, que o
presidente seja impedido de promover e participar de aglomerações, além de
entregar cópia dos exames que fez para detectar se contraiu a Covid-19.
Bolsonaro chegou a participar de eventos pedindo pelo fim
do isolamento social e até entrou em contato físico com seus apoiadores. O
presidente da República também se negou a apresentar cópia dos exames para
comprovar que não contraiu o novo coronavírus. Os resultados, depois de
exigidos pelo STF, foram entregues na última terça-feira (12) e indicaram que o
paciente testou negativo.
Nesta sexta-feira (15), uma polêmica veio à tona: um
dos pseudônimos utilizados por Bolsonaro na realização do exame para o
coronavírus é o nome do filho de uma major que trabalha no Hospital das Forças
Armadas (HFA). A major Maria Amélia Alves da Costa Ferraz auxiliou no atendimento
do presidente no dia 17 de março deste ano. (Diário de Pernambuco)
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