O governador Paulo Câmara esteve reunido nesta terça-feira
(11.05), por videoconferência, com os representantes dos demais poderes
constituídos do Estado para explicar o teor do decreto que estabelece medidas mais
rígidas de isolamento social em Pernambuco. No encontro, todos avalizaram o
documento, que estabelece uma quarentena mais rigorosa do dia 16 a 31 de maio,
com o objetivo de reduzir os índices de transmissão da Covid-19 no Estado.
Participaram da reunião o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Eriberto Medeiros; o presidente do Tribunal de Justiça de
Pernambuco, desembargador Fernando Cerqueira; o presidente do Tribunal de
Contas do Estado, conselheiro Dirceu Rodolfo; e o procurador-geral de Justiça
do Ministério Público de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros. Ao final, todos
foram unânimes em relação às medidas, que serão adotadas a partir desta
quarta-feira (12.05) em caráter educativo e, a partir do dia 16 de maio, em
caráter definitivo, quando o descumprimento do decreto passará a gerar sanções.
Após a reunião, cada representante divulgou um vídeo
firmando sua posição em favor das medidas. O presidente da Assembleia, Eriberto
Medeiros, reafirmou a disposição do parlamento estadual em colaborar com todas
as medidas de combate ao novo coronavírus anunciadas pelo Governo do Estado.
“Estamos trabalhando para dar respostas imediatas. Vamos fazer tudo o que
estiver ao nosso alcance para defender o bem estar dos pernambucanos. Nesse
momento, é preciso algumas medidas educativas e medidas mais restritivas”,
observou Medeiros.
O chefe do MPPE, Francisco Dirceu Barros, fez uma dura
advertência quanto aos efeitos nocivos do descumprimento do decreto estadual.
Ele citou os últimos dados colhidos pelo Ministério Público, demonstrando uma
queda no percentual de isolamento social de74% para 42,97%. O que significa que
42,97% da sociedade estão realmente colaborando, mas 53,03% estão contribuindo
para a disseminação do vírus em Pernambuco. “Isso pode simplesmente causar uma
tragédia sem precedentes, que é o colapso total do sistema de saúde e,
infelizmente, um significativo número de óbitos”, disse, Barros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário