BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Paulo Guedes
(Economia) planeja uma desoneração emergencial de impostos aplicados sobre
salários por um ou dois anos com objetivo de estimular empresas a contratarem
trabalhadores após o pico do coronavírus no país. Para compensar a perda de
receita, ele pretende criar um imposto sobre transações digitais.
A ideia resgata um antigo objetivo de Guedes, de
implementar uma contribuição sobre pagamentos. Apesar de o debate lembrar a
antiga CPMF e técnicos fazerem menção ao tributo em análises sobre a proposta,
o ministro rechaça a comparação.
Guedes brinca que o último que falou no nome da CPMF foi
demitido, em referência ao antigo secretário da Receita Marcos Cintra. O auxiliar
de Guedes sempre defendia uma nova cobrança nos moldes da CPMF, cuja criação
era rechaçada em declarações do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro diz agora que não se trata de CPMF. A ideia é
buscar apoio político, defendendo a visão que se trata de um imposto diferente,
a ser aplicado em transações digitais. O ministro ainda não dá detalhes da
proposta.
O secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto,
disse na semana passada que as análises do governo sobre a CPMF foram
interrompidas em 2019, mas podem voltar se necessário.
"Estudos [sobre CPMF] foram feitos no ano passado, mas
a partir do momento em que houve decisão de que isso não seria considerado,
interrompemos esses estudos. Na retomada, vamos avaliar tudo. Se for
considerado necessário, [vamos] retomar estudo sobre isso também, se for
necessário", disse Tostes Neto na sexta (15). Matéria na íntegra no Yahoo.
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