Movimentos de juventude, movimentos sociais e entidades
estudantis estão convocando manifestações virtuais para o próximo dia 8 de maio
em defesa das liberdades democráticas, dos direitos, da vida, da dignidade e
contra a permanência de Jair Bolsonaro na presidência do Brasil.
“Contra esse projeto ultraliberal e antidemocrático, a
juventude brasileira esteve nas ruas desde o primeiro instante do governo,
mobilizando massivamente atos como os de Maio de 2019, colocando centenas de
milhares nas ruas em defesa da educação. Assim, conseguiu impor o primeiro
recuo deste governo”, afirmam os organizadores das manifestações do dia 8 de
maio.
Leia a convocatória na íntegra:
Em Defesa dos Direitos, da Vida, da Dignidade e das
Liberdades Democráticas
Ditadura Nunca Mais: Fora Bolsonaro!
Ditadura Nunca Mais: Fora Bolsonaro!
Nós, de distintas organizações políticas de juventude,
viemos convocar os jovens brasileiros para a construção de uma ampla unidade em
defesa da liberdades democráticas, da vida e dos direitos. Vamos aquecer as
panelas no dia 1 de maio, dia internacional do trabalhador, no panelaço
unificado às 20h30. E no dia 8 de maio, ocuparemos as redes com ações
coordenadas nas comunidades para defender que a vida esteja acima do lucro. E
no dia 15 de maio, comemoraremos o 1 ano do #TsunamiDaEducação novamente com a
defesa do ensino, pesquisa e extensão. Mesmo com nossas diferenças de visão
sobre o Brasil e o mundo, as nossas organizações se reuniram para convergir no
que é fundamental neste momento: Fora Bolsonaro!
A pandemia global do novo coronavírus revela a partir da
crise sanitária, uma crise de ordem econômica, política, social e ambiental. No
mundo todo, seguindo as recomendações da OMS, o distanciamento social tem sido
apontado como a única forma capaz de proteger a maioria da população e evitar o
colapso nos sistemas de saúde. Também se tornaram evidentes os impactos
negativos de décadas de desinvestimento nos sistemas públicos de saúde, fruto
de uma visão neoliberal de gestão do estado e da economia. Hoje, é impossível
negar a importância do SUS, das universidades e da pesquisa pública no combate
ao Covid-19, que estão salvando milhares de vidas às custas da exposição de
seus profissionais e o pouco ou nenhum amparo por parte do governo.
O problema é que Bolsonaro, em vez de assumir uma postura
de presidente diante da crise, reproduz teorias conspiracionistas de que o
vírus é uma armação do comunismo. O mesmo encontra-se completamente alinhado a
Donald Trump, que tem impedido acordos internacionais e retirado apoio à OMS
pelo mesmo motivo. Além de roubar respiradores e outros equipamentos de
proteção do Brasil e de outros países. Enquanto isso, a crise se aprofunda cada
vez mais e atinge de forma mais dramática os países mais pobres, pertencentes
ao sul global, e suas populações periféricas. No Brasil, existe uma gigantesca
subnotificação, principalmente dos mais pobres. A realização de testes para o
COVID-19 tem caráter elitizado, a população negra, por exemplo, é completamente
ignorada pelo radar das estatísticas, mesmo compondo 57% do total da população.
A condução de Bolsonaro é, portanto, de negação da ciência,
criando atritos contra os governadores e prefeitos e estimulando o desrespeito
à quarentena. Tudo isso buscando garantir os lucros de uma pequena parcela de
banqueiros e empresários.Entre o lucro e a vida, ele escolhe, mais uma vez, o
lucro. Em pouco mais de uma semana, Bolsonaro se juntou à aglomerações
golpistas, que pediam o fechamento do Congresso e a volta do AI-5. Demitiu o
Ministro da Saúde e perdeu o seu braço lava-jatista com o pedido de demissão de
Sérgio Moro, que realizou denúncias gravíssimas de interferência nos inquéritos
da Polícia Federal. Dessa forma, sua base social vem derretendo. Atualmente,
40% dos eleitores de Bolsonaro (segundo pesquisa do Estadão) acham que ele está
errando no combate ao coronavírus e, pela primeira vez, mais de metade da
população acha que seu governo deve acabar. Fonte: Blog do Esmael.
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