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terça-feira, 28 de julho de 2020

Onda de frio paralisa nuvem de gafanhotos e facilita combate na Argentina


A nuvem gigante de gafanhotos que estacionou desde sábado em Entre Ríos, na Argentina, a cerca de 100 quilômetros da divisa do Rio Grande do Sul e a 10 quilômetros do Uruguai, só deve se movimentar novamente a partir de quinta ou sexta-feira, quando as baixas temperaturas na região voltarem a subir para a casa dos 25 ou 30 graus centígrados. A avaliação é do entomologista Dori Edson Nava, do Núcleo de Fitossanidade da Embrapa Clima Temperado, unidade de pesquisas localizada em Pelotas (RS), que acompanha a movimentação dos insetos. O deslocamento dos insetos e uma eventual chegada deles ao Brasil preocupa autoridades do Ministério da Agricultura.

Com a onda de frio na região, que registra temperaturas mínimas de 5 graus e máximas de 20 graus, neste último final de semana, autoridades sanitárias argentinas intensificaram o combate aos insetos e conseguiram reduzir em até 85% o volume de gafanhotos no local. A nuvem era calculada em cerca de 400 milhões de insetos, alcançando 10 km2, segundo informes da Senasa, órgão de controle do setor no país vizinho.

A ação contra os gafanhotos no local ocorreu com uso de inseticidas por aviões, mais a ajuda de pulverizadores movidos por tratores dos produtores da região. "Somente quando a temperatura voltar a subir, lá por quinta-feira ou sexta, é que poderemos saber se o grupo vai voltar a se mover e em qual direção", explicou o pesquisador da Embrapa, que acompanha as informações sobre o deslocamento da nuvem formada na região do Chaco, e que migrou para o sul do continente. Pablo Pereira, do Estadão Conteúdo.

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