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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

87% dos brasileiros defendem direito a conversas sem rastreamento


Pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta 5ª feira (6.ago.2020) mostra que 87% dos brasileiros gostariam de ter conversas online sem o rastreamento dos aplicativos de mensagens. Outros 11% disseram acreditar não ter esse direito e 2% não souberam responder.

O número é maior que o apontado no último levantamento, realizado em junho, quando 75% dos entrevistados afirmaram acreditar que as pessoas têm o direito de ter uma conversa online privada sem que suas mensagens sejam rastreadas.

A pesquisa, encomendada pelo Facebook, foi realizada de 16 a 20 de julho, com 1.533 entrevistados de todo o Brasil. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Leia a íntegra (1 MB).

O levantamento aponta que 71% dos entrevistados declararam que já receberam de familiares ou amigos conteúdo duvidoso ou notícias falsas.

O Datafolha também perguntou sobre a punição para grupos que financiam fake news. Para essa questão, 80% dos entrevistados atribuíram notas 9 ou 10 para a importância da punição desses casos.

PRIVACIDADE

O mais recente texto do Projeto de Lei 2630/2020, em tramitação no Congresso, propõe obrigar apps de mensagens como WhatsApp, Messenger e Telegram, a monitorar as mensagens de todos os usuários e guardar por 3 meses registros de mensagens encaminhadas, incluindo as informações de contato dos usuários, data e horário de encaminhamento, e o total de pessoas que receberam a mensagem.

O PL estabelece, também, a exigência de confirmação da identificação de todos os usuários, inclusive por meio da apresentação de documento de identidade válido, para o uso de redes sociais e serviços de mensagens.

Na pesquisa do Datafolha, 64% dos entrevistados responderam ser contra a obrigatoriedade de ter que fornecer mais dados pessoais, como documentos de identidade, para criar uma conta em redes sociais. A porcentagem é inferior à pesquisa de junho, quando 67% se manifestaram contra a questão.

Outros 35% dos entrevistados afirmaram concordar com a obrigação de fornecer mais dados às empresas de internet, e 2% não souberam responder. Por Poder360.

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