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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Custo da produção da cana-de-açúcar em Pernambuco aumenta


A partir de agosto, algumas das 14 usinas pernambucanas, as da Mata Norte, já começam a moer. Até meados de setembro, com a inclusão das localizadas na Mata Sul, todas as operações já estarão iniciadas. Neste cenário de iminente volta à moagem, boa parte dos trabalhadores deparam-se com um problema: o aumento do custo da produção da cana devido às pragas e à alta do dólar. Com constantes variações mensais, em julho a tonelada alcançou seu maior valor este ano, chegando a R$ 103,57. Os custos da produção do período, entretanto, ficaram em R$ 131,93. Uma conta que fecha com déficit para o trabalhador.

De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) Alexandre Andrade Lima, este valor da tonelada ainda é inferior ao de outubro de 2016, quando ele estava em R$ 103,74. “A comparação com este período atesta a problemática atual, pois os custos da produção aumentaram em 15,3% - na época eram de R$ 114,45 -, enquanto o preço do produto continua igual”, explica. O aumento destes custos vem das infestações de pragas nos canaviais - notadamente ferrugem, capim-colonião e cigarrinha - e da alta do dólar que influenciou no aumento dos preços dos químicos, ainda mais necessários agora. “O combate às pragas aumenta em cerca de 4% o custo do produtor. Em uma região com topografia mais acidentada, a pulverização ainda precisa ser feita por via aérea”, detalha Alexandre. 

Fertilizantes, herbicidas, fungicidas e defensivos agrícolas aumentaram em aproximadamente 10%, já que geralmente os preços são indexados ao dólar. Por: Patrícia Monteiro do Diário de Pernambuco.

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