Do UOL, em São Paulo
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson
Fachin, será o relator da ação aberta pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para
contestar os adiamentos de julgamento contra o procurador Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa da Lava Jato, por parte do CNMP (Conselho Nacional
do Ministério Público).
Nesta semana, o CNMP adiou novamente a análise da representação feita por Lula contra Dallagnol, por causa do PowerPoint apresentado em 2016 para explicar a denúncia contra o petista no processo do tríplex de Guarujá (SP). A próxima sessão está marcada para o dia 25.
Esta foi a 41ª vez em que a análise do processo foi
adiada, ou seja, em que o caso constou na pauta mas não foi julgado, segundo
afirmou o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa o
ex-presidente.
No recurso entregue ontem ao Supremo, os advogados de
Lula pedem à Corte que faça com que o CNMP julgue o mérito de uma
vez.
Os advogados do petista acusam abuso de poder na apresentação do PowerPoint. O projeto indicava que o ex-presidente era comandante de uma suposta organização criminosa.
A defesa de Lula sustenta na representação ao CNMP que
Deltan e os procuradores da Lava Jato atuaram com abuso de poder ao imputar ao
presidente acusações que não eram objeto da denúncia feita no processo do
tríplex, como a de que Lula seria o comandante do esquema de desvios da
Petrobras.
Lula foi condenado no processo do tríplex. Atualmente os
recursos do ex-presidente nesse processo estão sendo analisados pelo STJ
(Superior Tribunal de Justiça) e pelo STF.
Em entrevista ao UOL, o procurador Deltan
Dallagnol afirmou que
o PowerPoint poderia ter sido apresentado de outra forma para "evitar
críticas".
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