Ao mesmo tempo em que trabalha para prorrogar o auxílio
emergencial, o governo federal tenta avançar com a formulação do Renda Brasil.
O programa promete substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial com
pagamentos que vão variar de R$ 200 a R$ 300 por mês até o início do próximo
ano. E deve ter seus detalhes avaliados pelo presidente Jair Bolsonaro nesta
quinta-feira (20/08).
O Renda Brasil vem sendo desenhado pelo Ministério da
Economia e pelo Ministério da Cidadania. E se propõe a reunir os diversos
programas sociais que hoje são pagos pelo governo em uma única plataforma,
permitindo a ampliação da base de beneficiários e do valor do Bolsa Família.
A ideia é atender cerca de 21 milhões de famílias de
baixa renda – as 14 milhões que já recebem o Bolsa Família e mais 6 ou 7
milhões de “invisíveis” que o governo encontrou com os cadastros do auxílio
emergencial. E conceder a essas famílias um benefício superior aos atuais R$
190 do Bolsa Família, possivelmente entre R$ 200 e R$ 300, além da possibilidade
de inserção no mercado de trabalho.
É um programa que, segundo o ministro da Cidadania, Onyx
Lorenzoni, está “praticamente pronto” e deve ser apresentado a Bolsonaro nesta
quinta-feira, para que o presidente defina detalhes como o valor do benefício e
o governo dê seguimento à formulação do Renda Brasil.
“Está praticamente pronto e amanhã vou apresentar ao
presidente. A ideia é ter um programa de renda mínima que seja voltado ao
mérito e ao trabalho, que estimule as pessoas. Vamos juntar as duas pontas: as
pessoas do Bolsa Família e os que têm necessidade de trabalho”, adiantou Onyx,
em entrevista a uma rádio Caraíbas, da Bahia, nesta quarta-feira (19/08).
A expectativa do ministro da Cidadania é que o Renda
Brasil fique pronto ainda neste ano. “A gente imagina, vou apresentar assim que
o presidente der o ok, poder trabalhar no Renda Brasil agora já para setembro,
outubro, novembro ou dezembro, como uma forma de apoio e sustentação a essas
pessoas”, acrescentou Onyx, desta vez em entrevista à Rádio Band.
O programa, contudo, também precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Os parlamentares que defendem a renda básica, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm, inclusive, cobrado a apresentação da proposta, para que ela possa ser avaliada ainda durante o período de pagamento do auxílio emergencial. Fonte: Correio Braziliense
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