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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Secretários de Educação de SP, PE e ES defendem retorno das aulas presenciais neste ano

Os secretários de Educação de São Paulo, Pernambuco e Espírito Santo defenderam nesta segunda-feira, 24, que o retorno das aulas presenciais ocorra ainda neste ano, tendo em vista os prejuízos sociais, emocionais e de aprendizado para crianças e adolescentes durante a pandemia do novo coronavírus. Eles criticaram a população que se opõe à abertura das escolas, mas que aprova a retomada de atividades em bares e shoppings, e a falta de uma política nacional que planeje a retomada.

Para o Estado de São Paulo, o secretário de Educação Rossieli Soares afirmou que o calendário de volta às aulas com atividades não-obrigatórias em 8 de setembro e retomada das aulas presenciais em outubro está mantido. Isso será possível para as regiões que estiverem há pelo menos 28 dias na fase 3 (amarela) do plano estadual de flexibilização da quarentena, que tem cinco fases.

Os secretários de Educação dos Estados de Pernambuco, Fred Amancio, e do Espírito Santo, Vitor de Angelo, - vice-presidentes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) das regiões Nordeste e Sudeste, respectivamente - fizeram duras críticas à parcela da população que, em pesquisas de opinião, se diz contrária ao retorno das escolas, mas aprova a reabertura de bares, restaurantes e shoppings.

"Mesmo entre aqueles que não usaram máscara e não mudaram a sua rotina, que demonstram não temer a pandemia, existe a percepção de que a escola não deve voltar em dois meses. Isso significa que perdemos a urgência da escola. A escola deve voltar quando as autoridades de saúde nos instruírem a fazer, mas a escola é fundamental e voltar com ela é urgente", afirma Vitor de Angelo.

Amancio informou que a data para volta às aulas ainda não está definida no Estado, mas que não deve ultrapassar outubro, tendo em vista os prejuízos para os estudantes.

"A educação é um processo e algumas atividades poderão impactar na vida do aluno. O abandono escolar torna-se um problema permanente, mas também há o abuso, os crimes, as drogas. Nas periferias, a maior parte dos jovens não está mais em casa. Será que não estariam mais protegidos na escola? Nosso protocolo prevê distanciamento, volta voluntária e que a gente tenha uma quantidade pequena de alunos. A gente precisa começar a ponderar os riscos de atrasar mais ainda esta volta e não dá para pensar em não voltar neste ano."

As aulas vão seguir os mesmos moldes do período pré-pandemia e que estratégias terão de ser adotadas para evitar a disseminação do vírus nas unidades. A informação é do Estadão.

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