Depois dos
supermercadistas e da indústria de material de construção, agora são os
fabricantes de sabão e sabonetes que buscam o Ministério da Economia para
alertar sobre a alta de custos no setor. O sebo de boi, principal
matéria-prima dos sabonetes consumidos no país, registra aumento de preços de
cerca de 80% no ano. A alta se deve a uma combinação de redução do abate de
bovinos e aumento da demanda por sebo no setor de biodiesel, em meio ao avanço
dos preços do óleo de soja, com as exportações do grão aquecidas.
Com dificuldade para repassar custos e margens comprimidas, os fabricantes
pedem ao ministro Paulo Guedes (Economia) que intervenha de alguma forma, para
que o insumo seja destinado preferencialmente ao setor de higiene e limpeza.
Os empresários argumentam que os sabões e sabonetes são parte essencial do
combate à Covid-19 e que a população não teria condições de arcar com alta de
preços proporcional ao aumento de custos do setor.
"Cerca de 80% do custo da massa base, principal matéria-prima do sabonete
em barra, é o sebo. Nesse ano, a massa base já subiu aproximadamente 60%",
relata Breno Grou, presidente da Sinter Futura, fabricante de sabonetes e massa
base com unidades em Monte Mor (SP) e Ouro Fino (MG). "É muito difícil
para os fabricantes repassar isso para os clientes. Imagine, em meio à
pandemia, o sabonete aumentando 20%, 30%, 50% para a população, quando o
pessoal já não tem dinheiro para comprar o sabonete em alguns locais do Brasil.
Isso iria reduzir o consumo de um produto que é crítico para o combate ao
coronavírus." Foi o que informou a Folha de Pernambuco.
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