O avanço de 0,45% também representa a maior variação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desde o início da
pandemia de covid-19. E, segundo o IBGE, é reflexo da alta de preços de seis
dos nove grupos pesquisados. O maior destaque ficou com os alimentos.
De acordo com o IPCA-15, a inflação do grupo de
alimentação e bebidas foi de 1,38%, puxada, sobretudo, pela alimentação no
domicílio, que acelerou de 0,61%, em agosto, para 1,96% em setembro. A alta, de
acordo com o IBGE, reflete o aumento de preços de produtos essenciais para a
mesa dos brasileiros, como tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz
(9,96%), leite longa vida (5,59%) e carnes (3,42%). Só o arroz acumula avanço
de 28,05% neste ano.
Também contribuíram com a alta da inflação os reajustes
da gasolina, que subiu 3,19%, no terceiro mês consecutivo de elevação; o
aumento das passagens aéreas, que alcançou 6,11% após quatro meses de queda; e
a variação de preços de artigos de residência (0,79%) como TV, som e
informática (2,04%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,66%), que têm sido
influenciados pela valorização do dólar.
Por outro lado, ajudaram a conter o avanço do IPCA-15 os
preços dos planos de saúde, que ficaram 2,31% mais baratos devido à decisão da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender os reajustes até o fim
de 2020; e de vestuário, com recuo de 0,31%.
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