Mesmo diante de incertezas provocadas pela pandemia de
Covid-19 e agravadas por um cenário de situação fiscal complicada, as
estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) são de que o
Brasil terá crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Os dados foram
apresentados nesta terça-feira (8) em audiência pública da comissão mista do
Congresso que analisa os impactos econômicos do novo coronavírus.
“A gente imagina, em um cenário transformador, com
reformas estruturais feitas imediatamente – pacto federativo, reforma
tributária, etc –, que nós chegaríamos, em 2021, a um aumento de 4,7% do PIB.
Mas, na ausência dessas reformas, a estimativa é de um crescimento de 3,6%”,
afirmou o diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura
do Ipea, André Rauen.
Ele acrescentou que, para 2020, a projeções são de queda
de 6% na soma das riquezas do País em relação ao ano passado.
Sugestões
O Ipea elaborou um documento com 33 recomendações de curto prazo para o chamado
“pós-pandemia”, entre as quais estão a adoção de um sistema de gestão de
recursos hospitalares e o incentivo à inovação no complexo industrial da saúde,
além da cobertura do serviço de saneamento em áreas irregulares como favelas.
Nos itens econômicos, há sugestões como a necessidade de
concessão de empréstimos a micro e pequenos empresários e de estabelecimento de
parcerias internacionais na área de infraestrutura.
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