Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo publicada nesta 2ª feira
(23.nov.2020), o tucano justifica a mudança de posição dizendo que “o comportamento
das pessoas muda ao longo do tempo.”
Para o governador, “a frente não deve ser
contra [o presidente Jair] Bolsonaro, mas a favor do Brasil”.
Doria diz que “a eleição de Bolsonaro foi 1 grande erro
para o Brasil“. “O Bolsonaro prometeu 1 país liberal, economia globalizada,
combate à corrupção. E não fez.”
“[A frente] Comporta o pensamento liberal de centro,
que é o que eu pratico, mas comporta também centro-direita, centro-esquerda,
aqueles que têm 1 pensamento mais à esquerda e à direita”, explicou o
governador.
Ao ser indagado sobre com quem acha ser possível 1
diálogo no campo da centro-esquerda, Doria evitou nominar partidos. Segundo
ele, poderia haver entendimento “com todos aqueles que integram 1 sentimento
múltiplo, compartilhador e dedicado ao país, sem interesses pessoais se
sobrepondo ao interesse do país”.
Entre eles, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro
(Justiça), que, segundo Doria, “deve fazer parte dessa frente”. “[Moro] Tem
história, biografia e posicionamento. Nunca declarou que era candidato. Sempre
teve altivez e grandeza para defender o país, independentemente dos interesses
pessoais”.
Doria também evitou falar em quem lideraria essa frente.
“O PSDB deve participar desse movimento, mas não é preciso liderar. Esse é 1
movimento de compartilhamento, não de exclusão ou de escolha, 1 lidera e os
outros são liderados. Todos devem liderar”, disse.
CANDIDATURA EM 2022
Doria não fala se será ou não candidato à Presidência da
República em 2022. Mas descarta tentar a reeleição ao cargo de governador.
“Sou contra a reeleição. Sempre defendi mandato único de
5 anos. Não critico nem condeno os que disputam reeleição, como Bruno
Covas [candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo]. Mas eu, por ser
contra a reeleição, vou manter a minha coerência. Não vou disputar a reeleição”,
afirma.
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