Além do início da vacinação contra a Covid-19, o ano de 2021 começou com uma grande expectativa em relação à nova legislatura das câmaras municipais pelo País. Mais de 57 mil vereadores tomaram posse em 1º de janeiro com o desafio de propor leis e fiscalizar as contas do Poder Executivo municipal. Serão eles que vão elaborar propostas sobre saúde, educação, economia, saneamento básico, entre outros temas, no âmbito municipal.
Com 5.570 cidades, a proximidade dos vereadores com a
população varia. Enquanto Serra da Saudade (MG), menor município brasileiro,
possui apenas 776 habitantes, a capital paulista contém cerca de 12,3 milhões
de pessoas. O cientista político Nauê Bernardo explica que a proximidade entre
os vereadores e a população é diferente entre as cidades, principalmente no que
se refere ao total de habitantes.
“O Brasil possui municípios muito pequenos e tem também
municípios imensos. Normalmente, nas cidades pequenas os vereadores são muito
próximos, assim como os prefeitos. Mas quando se fala de municípios como São
Paulo e Rio de Janeiro, esses políticos são mais afastados da população”,
diz.
Pesquisa do Instituto Datafolha feita em 2019 mostrou que
apenas 4% dos brasileiros confiam muito nos partidos. De acordo com o estudo,
58% dos entrevistados têm desconfiança das siglas partidárias.
O advogado Luciano Braz (DEM) foi eleito vereador pela
primeira vez e ocupa um cargo na Câmara Municipal de Luziânia (GO). Presidente
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município, ele diz que se candidatou
a um cargo eletivo para tentar mudar a realidade local.
“Eu entrei na política para, a partir da minha
experiência pessoal e profissional, fazer com que a casa pudesse atender cada
vez mais a função institucional dela, que é de fiscalizar e propor leis. A
ideia foi essa, entrar para somar e contribuir”, conta. Fonte: Brasil 61
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