Empoderar a mulher é uma cesta de ações que vão desde autoestima, inclusão no mercado de trabalho, renda própria, planejamento familiar, educação e consciência política e de seus direitos. Atento a isso, o Núcleo de Apoio à Mulher Promotora de Justiça Maria Aparecida da Silva Clemente (NAM) e o Centro de Apoio Operacional às Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania (Caop Cidadania), se uniram em volta do projeto estratégico MP Empodera, que busca impulsionar políticas públicas a favor das mulheres. Sobretudo, para livrá-las da violência doméstica e do feminicídio. Para deixar cidadãs e cidadãos pernambucanos a par dos planos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lança, nesta sexta-feira (12), uma série de matérias sobre o projeto, que tem três eixos: autonomia financeira, saúde e educação da mulher. A primeira matéria foca na autonomia financeira. As outras duas, sobre saúde e educação, serão nas sextas-feiras seguintes: dias 19 e 26 de março.
A ideia do projeto MP Empodera surgiu quando a
coordenadora do NAM, a promotora de Justiça Bianca Stella Barroso, atuante em
Ipojuca, se deu conta do alto nível de subnotificações da violência doméstica
no município, ano passado, durante um atendimento on-line com integrantes da
Secretaria Municipal da Mulher. Ela então solicitou à Prefeitura um
levantamento sobre a situação econômica e social das mulheres locais.
Deparou-se com o número espantoso de que 84% das mulheres estavam inscritas no
Cadastro Único do Governo Federal (CADÚnico), que é um conjunto de informações
sobre as famílias brasileiras em pobreza ou extrema pobreza. Ou seja, mulheres
sem condições de exercer a ampla cidadania e escapar de violências por causa da
falta de independência financeira.
“Ipojuca é um município rico em Pernambuco. Onde se
concentram hotéis de luxo, balneários famosos como Porto de Galinhas, etc. No
entanto, carecia de políticas públicas para o seu povo, especialmente as
mulheres”, concluiu Bianca Stella Barroso. Foi aí que ela idealizou o MP
Empodera para Ipojuca, que depois se ampliou como projeto estratégico do MPPE
para todo o Pernambuco, ao ser aprovado por unanimidade em janeiro deste ano.
O MP Empodera também se baseia na Pesquisa Data Senado
2017, que revela que 32% das mulheres em situação de violência doméstica não
denunciam os agressores em razão de dependência financeira, sendo considerado
um fator de risco o fato de o companheiro/marido/parceiro impedi-la de
trabalhar. “A ONU Mulheres do Brasil, inclusive, afirma que empoderar mulheres
é essencial para a equidade de gênero e para promover a qualidade de vida das
mulheres, dos homens, das crianças, além de fomentar a economia e promover o
desenvolvimento sustentável”, descreve o MP Empodera. Veja matéria na íntegra aqui no site do MPPE.

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