Diante do aumento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade social, as iniciativas solidárias muitas vezes podem representar a preservação de vidas. Com o propósito de mostrar à sociedade que a magistratura pernambucana está atenta aos efeitos mais cruéis da crise sanitária que o País enfrenta, a Comissão de Ética e Defesa dos Direitos e Garantias da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), sob a presidência do desembargador Frederico Neves – também presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), – aprovou o seguinte texto:
“Os Juízes e Juízas pernambucanos não estão indiferentes
à triste realidade da pandemia da covid-19. Ao contrário, com a sua
respeitabilidade perante a sociedade onde atuam, compenetram-se da sua condição
para liderar medidas de fomento à solidariedade. Muitos homens, mulheres e
crianças estão na mais absoluta miséria, em condições deploráveis, sem terem
onde morar, nem o que comer, e tal situação provoca insegurança e estimula a
violência. Bem por isso, a Comissão de Ética do TJPE, aplaude toda e qualquer
iniciativa dos Magistrados pernambucanos, que, através de rádios e jornais
locais, gravações de vídeos e de áudios, ou por qualquer outro meio, incentivem
a prática de ações visando prevenir a doença e dar assistência material e
psicológica aos mais necessitados, deflagrando campanhas para o fornecimento de
alimentos e remédios, e a adoção de outras providências humanitárias”.
A mensagem foi aprovada por unanimidade pelos
desembargadores Viana Ulisses, Itamar Pereira Jr, Márcio Aguiar e Antônio de
Melo e pelo próprio Frederico Neves, integrantes da Comissão, em reunião
realizada no dia 27 de abril passado.
A pandemia da covid-19 agravou consideravelmente a
pobreza e a miséria no Brasil. Pesquisa do Centro de Pesquisa em Macroeconomia
das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made-USP) aponta que, com a
redução no valor do auxílio emergencial, o Brasil deve somar, neste ano, 61,1
milhões de pessoas vivendo na pobreza e 19,3 milhões na miséria.
São consideradas pobres as pessoas que vivem com renda
mensal per capita inferior a R$ 469 por mês, conforme parâmetro fixado pelo
Banco Mundial. Já os extremamente pobres são os que vivem com menos de R$ 162
por mês.
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