Na missão de sedimentar esse caminho, Lula, no encontro
virtual anteontem, passou a dançar conforme a música que vem sendo cantada pelo
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que é a unidade do campo
progressista em detrimento do perfil hegemonista do PT. Ainda em 2019, Siqueira
chegou a afirmar o seguinte: "Entre o PT e o Brasil, o PT sempre escolhe a
si mesmo". Fez a crítica em relação à orientação dada por Lula, assim que
deixou a prisão, no sentido de que o PT tivesse candidatura em todas as
capitais.
Ali, Siqueira avisou: "Não vamos aderir a quem não
quer apoiar ninguém com todo respeito ao PT". No ano passado, Pernambuco,
que está para o PSB como o projeto presidencial de Lula está para o PT, foi
palco de novo imbróglio entre as duas siglas, mais especificamente, a Capital,
onde o PT bateu o pé e levou adiante a candidatura de Marília Arraes,
contrariando as tentativas de aliança dos socialistas. Na última terça, após a
reunião virtual, Siqueira, à coluna Painel da Folha de São Paulo, descreveu um
Lula bem diferente daquele de 2019: "Mostrou muita disposição, mas também
desprendimento.
Disse que não será candidato de qualquer forma, que não
está reivindicando essa condição". A flexibilização de Lula parece ter
soado como música aos ouvidos de Siqueira, que acenou: “Penso que temos uma
grande responsabilidade de juntar o maior número de forças políticas
democráticas para superar essa fase trágica". A mudança de tom dos dois
dirigentes precede a próxima fase, que é Lula ir à mesa com Paulo Câmara.
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