Os médicos foram enfáticos ao dizer que
estavam bem tristes, porque eles estimulavam, faziam de tudo, mas não
havia resposta. No começo, os outros órgãos estavam funcionando bem, mas como
os pulmões decaíram de forma drástica, os órgãos vitais começaram a falhar. Os
rins dela começaram a reclamar por causa das altas doses de sedativos. Isso
baixava a pressão dela, e eles precisavam usar o remédio da noradrenalina para
aumentar a pressão, o que sobrecarregava muito os rins. Ela não tinha nenhuma
comorbidade. Sofreu uma parada cardiorrespiratória. O corpo dela falhou, porque
não estava mais recebendo oxigênio.
Meu pai faleceu no dia 29, às 2h30, e minha irmã, no dia
31, à 1h40 da manhã.
Apesar de ele não trabalhar na linha de frente, as mesmas
unidades tinham as alas de Covid, e um dos hospitais se tornou exclusivo para
Covid em fevereiro. Ele tinha contato com outros médicos… a equipe não está
isenta de contágio. Ele tomou as duas doses da vacina. Começou a apresentar os
sintomas no dia 3. A última dose foi no dia 15 de fevereiro. Como ele estava em
contato, a gente sempre soube que ele corria risco de contrair.
A gente imaginava que teria alguma imunidade pelo tempo
transcorrido, ao menos para evitar sintomas graves. Por isso que eu digo: não
esperem contrair a doença para se proteger. Veja o depoimento a Mariana Ceci. Fonte: Piauí/Folha/Uol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário