Na entrevista em que ameaçou as autoridades que enfrentam
a pandemia com ações mais duras de distanciamento, Bolsonaro voltou a criticar
as medidas de restrição adotadas pelos governadores para conter o coronavírus e
a defender o uso da cloroquina, remédio ineficaz contra a covid-19.
Outro governador que reagiu a Bolsonaro foi o do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Bolsonaro insiste em afrontar o
Supremo, que já decidiu que as três esferas de governo podem e devem atuar
contra o coronavírus. E também reitera essa absurda ameaça de intervenção
militar contra os Estados, que não existe na Constituição.”
A entrevista de Bolsonaro foi concedida ao programa Alerta
Especial, da TV A Crítica, do Amazonas, apresentado por Sikêra Jr. “Se tivermos
problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. E eu tenho falado: eu
sou o chefe supremo das Forças Armadas”, disse Bolsonaro.
Ele concluiu: “Se precisar, iremos às ruas, não para
manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5.º da
Constituição. E se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto.”
Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social
decretadas pelos governos locais, que, segundo o presidente, estariam
descumprindo a Constituição.
“As Forças Armadas podem ir para rua um dia sim, dentro
das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5.º, direito de
ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho,
liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo
descumprido por parte de alguns governadores, alguns poucos prefeitos, mas que
atrapalha toda nossa sociedade”, afirmou o presidente. (Fonte: Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário