Chamado de "novato" por Marco Aurélio, o
indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga no STF em outubro do ano
passado atendeu no sábado (03) um pedido feito pela Associação Nacional de
Juristas Evangélicos (Anajure) ao tribunal.
"O novato, pelo visto, tem expertise no tema. Pobre
Supremo, pobre Judiciário. E atendeu a Associação de juristas evangélicos.
Parte legítima para a ADPF (tipo de processo que discute cumprimento à
Constituição)? Aonde vamos parar? Tempos estranhos!", disse Marco Aurélio
à reportagem. O ministro tem aposentadoria marcada para julho, abrindo uma
segunda vaga para indicação de Bolsonaro.
A medida de Nunes Marques - que proíbe Estados e
municípios de suspenderem completamente celebrações - destoa de outras decisões
do STF, como a que deu autonomia para que governadores e prefeitos decretem
ações de isolamento.
Com base nisso, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre
Kalil (PSD), apontou ontem que não seguiria a decisão. Nunes Marques reagiu à
declaração de Kalil e o intimou, devendo o prefeito esclarecer em 24 horas as
providências tomadas para seguir o entendimento do ministro.
Não há previsão de o plenário da Corte analisar o tema. A
interlocutores, Nunes Marques alegou que a lógica adotada por Kalil não tem
respaldo. Na visão do ministro, o que o plenário decidiu é que compete aos
Estados e à União tomar medidas para enfrentar a pandemia, sem no entanto
avançar na legalidade dos atos que vêm sendo adotados pelos governantes.
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