Por Agência Brasil
Segundo as informações da ACSP, no ano passado esse valor
foi superado no dia 27 de junho e em 2019, em 24 de maio. “O índice, portanto,
aponta que os contribuintes brasileiros devem pagar mais dinheiro para os
cofres públicos neste ano do que pagaram em 2020 e, até mesmo, em 2019, época
sem pandemia”.
De acordo com a análise da ACSP, o aumento da inflação no
período, comparada com as elevações de preços de produtos registradas
anteriormente, a desvalorização do real frente ao dólar e o crescimento da
economia em alguns setores como os relacionados ao aumento das importações, à
indústria, à saúde, aos grandes varejistas e ao comércio considerado não
essencial foram os fatores que contribuíram para essa marca. Também
determinaram esse valor o aumento das compras online e pedidos de delivery.
Segundo o economista-chefe da Associação Comercial de São
Paulo, Marcel Solimeo, várias prestações de serviços e o comércio estão sendo
muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos também
cresceram bastante. “Alguns exemplos são as exportações, que estão em alta, e o
montante das vendas em supermercados que, além de estar muito elevado, ainda
proporciona maior arrecadação por conta dos preços dos produtos que vêm
subindo”.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação, de 2016 a 2019, os brasileiros tiveram de trabalhar 153 dias para
pagar impostos. No ano passado, foram 151.
O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para
conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a
cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na
sede da entidade, na região central da capital paulista.

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