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(crédito: Antonio Cunha/CB/D.A Press) |
Usadas como meio de transporte para escapar de aglomerações nos ônibus e metrô, em serviços de entregas, no lazer e na prática de esportes por quem quer evitar a academia, as bicicletas viraram símbolo de mobilidade e ganharam espaço na pandemia. As vendas de bikes no mundo experimentam um boom desde março do ano passado e no Brasil não tem sido diferente.
O volume comercializado de bicicletas fabricadas aqui,
importadas e montadas localmente atingiu 6 milhões de unidades em 2020. O
crescimento foi de 50% em relação ao ano anterior, segundo a Aliança Bike,
associação que reúne 75% do mercado. A estimativa mais recente da entidade é
que a venda e a montagem de bikes movimentem R$ 10 bilhões por ano no País.
Esse forte crescimento, porém, fez surgir um problema
(também enfrentado por outros setores): a falta global de peças, componentes e
matérias-primas para produção, boa parte deles importados. Em épocas normais, a
indústria nacional trabalhava com dois meses de estoques de insumos e de
produtos acabados. Mas, atualmente, os volumes de ambos são para duas semanas,
diz Cyro Gazola, vice-presidente para o segmento de bicicletas da Abraciclo e
presidente da Caloi, a maior fabricante do País. “Qualquer atraso de um fornecedor
complica tudo.”
Nos últimos três a quatro meses, tem sido comum a
indústria interromper a linha de produção de dois a três dias no mês por falta
de peças, diz Gazola. “Não posso produzir uma bicicleta sem roda, sem guidão.”
Segundo ele, a demanda por bikes está entre 15% a 20% acima da oferta, porque a
cadeia de produção está travada. O executivo acredita que demore entre nove
meses e um ano para que o ritmo de produção se regularize. A informação é da IstoÉ.

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