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Publicado por Blog do Ivonaldo Filho

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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Inscrição para concurso militar cresce com desemprego em alta

A evolução no número de inscritos nos principais concursos do Exército mostra forte correlação com a alta do desemprego no Brasil.

As inscrições para a EsPCEx (Escola de Preparação dos Cadetes do Exército) e para a ESA (Escola de Sargento das Armas) deram um salto em 2016, quando o percentual de pessoas desocupadas ultrapassou a barreira dos 10%, segundo dados do IBGE. A taxa terminou 2020 em 14,2%.
 
O ano de 2016 coincide com a permissão para que mulheres concorram nessas provas. Mas, mesmo excluindo as inscrições femininas, é possível verificar um forte aumento.
 
A EsPCEx teve 17.633 jovens inscritos em 2015 e 29.771 no ano seguinte, dos quais 22.064 homens. Foram mais de 40 mil entre 2017 e 2020.
 
Na ESA, em 2001, foram 113 mil homens disputando 1.480 vagas. O número caiu para 37.055 em 2006 e voltou a subir em 2019, para 118 mil interessados –85 mil para o concurso exclusivo masculino.
 
"Quando a gente entra em crise, a procura aumenta bastante. Os jovens procuram a estabilidade, bom salário, fora os benefícios", diz Leonardo Chucrute, coordenador do curso preparatório Aprovação Virtual. Estudar no Exército garante de imediato uma ajuda de custo.
 
Na EsPCEx e na ESA, a ajuda é de R$ 1.199. O curso de um ano na EsPCEx é a porta de entrada para a Aman, onde o jovem recebe soldo de R$ 1.334 até se tornar um oficial, com salário inicial na casa dos R$ 6.000.
 
A internet contribui para a procura, diz Gustavo Klauck, coordenador da Academia Pré-Militar, outro curso preparatório: "Tenho alunos até em aldeias indígenas". Seu foca no ensino a distância.
 

O alistamento militar obrigatório é também um meio de entrada. Alan Amaral, 28, que há dez anos não tinha planos de estudo ou trabalho, viu no Exército uma oportunidade. Por Folhapress.

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