Da Folha de São Paulo/Tribuna do Norte
Pouco mais de dois meses após ter seus direitos políticos
restabelecidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera
a corrida para a Presidência com margem confortável no primeiro turno e
venceria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na segunda etapa,
revela pesquisa Datafolha.
O petista alcança 41% das intenções de voto no primeiro
turno, contra 23% de Bolsonaro.
Em um segundo pelotão, embolados, aparecem o ex-ministro
da Justiça Sergio Moro (sem partido), com 7%, o ex-ministro da Integração Ciro
Gomes (PDT), com 6%, o apresentador Luciano Huck (sem partido), com 4%, o
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que obtém 3%, e, empatados com
2%, o
ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o empresário João
Amoêdo (Novo).
Somados, os adversários de Lula chegam a 47%, apenas seis
pontos percentuais a mais do que o petista. Outros 9% disseram que pretendem
votar em branco, nulo, ou em nenhum candidato, e 4% se disseram indecisos.
Num eventual segundo turno contra Bolsonaro, Lula levaria
ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%. Ele receberia a maioria dos votos
dados a Doria, Ciro e Huck, enquanto o presidente herdaria a maior fatia dos
que optam por Moro, seu ex-ministro da Justiça e atual desafeto.
O petista também venceria na segunda etapa contra Moro
(53% a 33%) e Doria (57% a 21%).
Já Bolsonaro empataria tecnicamente com Doria, marcando
39%, contra 40% para o tucano. E perderia para Ciro, obtendo 36%, contra 48%
para o pedetista.
É a primeira pesquisa do Datafolha feita desde que o
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou as condenações
judiciais do petista, com a justificativa de que a Justiça Federal em Curitiba
não era o foro competente para as ações.
A decisão de Fachin depois foi referendada pelo plenário
do STF, que deu a Lula outra vitória relacionada à Lava Jato: o reconhecimento
de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o petista no caso do
tríplex de Guarujá (SP).
As decisões do Supremo não significam a absolvição de Lula, uma vez que as quatro ações penais a que o ex-presidente responde na Lava Jato seguem tramitando, agora na Justiça de Brasília.

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