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| Hugo Barreto/Metrópoles |
Um truísmo, mas vá lá. Pesquisa de opinião é um retrato do momento. Tendência, a evolução de alguma coisa num sentido determinado. O que uma pesquisa revela só vira uma tendência se confirmada por futuras e sucessivas pesquisas.
Os resultados da pesquisa Datafolha divulgada nas últimas
horas foram péssimos para o presidente
Jair Bolsonaro e ótimos para o ex-presidente Lula. Manda a prudência, contudo, que se
esperem novas pesquisas para conferir se isso configura uma tendência.
Tais ressalvas não tiram a importância do que a pesquisa
Datafolha registrou: se a eleição tivesse sido realizada nessa quarta-feira
(12/5), Lula teria batido Bolsonaro com folga de votos no primeiro ou no
segundo turno. Bolsonaro deve preocupar-se, e Lula comemorar.
Bolsonaro atravessa seu pior momento. Embora em queda, a
pandemia da Covid já matou quase 430 mil pessoas, em grande parte por incúria
dele mesmo. Uma CPI apura tudo. Há 14 milhões de desempregados, e a recuperação
da economia é lenta.
A série histórica da pesquisa mostra que, de dezembro
para cá, a popularidade de Bolsonaro derreteu. A fatia de ótimo ou bom, que no
último mês de 2020 atingia o recorde de 37%, caiu até chegar ao atual patamar,
de 24% (queda de 13 pontos percentuais).
O grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo, que em dezembro correspondia a 32%, cresceu até atingir os atuais 45% (alta de 13 pontos). Bolsonaro amarga ao mesmo tempo o maior percentual de rejeição e o menor de aprovação. Por Ricardo Noblat/Metrópoles.

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