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Publicado por Blog do Ivonaldo Filho

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domingo, 30 de maio de 2021

Protesto toma avenida Paulista por impeachment de Jair Bolsonaro

Leonardo Martins e José Dacau, do UOL, em São Paulo

Com adesão de milhares de pessoas, o ato contra o governo Jair Bolsonaro bloqueou os dois sentidos da avenida Paulista e ao menos sete quarteirões da via foram tomados por manifestantes na tarde de hoje. A tônica do ato foi a defesa do impeachment do presidente e críticas à sua gestão durante a pandemia —o Brasil superou hoje a marca de 460 mil mortos por covid-19.

O protesto em São Paulo —que também aconteceu em ao menos 22 estados e no Distrito Federal— virou uma grande aglomeração, frustrando orientações de distanciamento social. A adesão ao uso de máscaras foi contudo massiva. Pouco depois das 18h, manifestantes desceram a rua da Consolação e, às 19h45, o protesto foi encerrado na altura da Praça Roosevelt sem a ocorrência de incidentes.

Boulos defende impeachment de Bolsonaro

O candidato derrotado do PSOL à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos fez um discurso duro na Paulista. Ele pediu o impeachment do presidente, chamou Bolsonaro de "verme" e defendeu as pessoas que decidiram ficar em casa e não ir ao ato.

"Chegou a hora de a gente dar um basta, tirar o Bolsonaro do governo porque nós não vamos esperar sentados até 2022. Não vamos esperar ver nosso povo morrendo, sangrando. Vamos seguir até derrubar o genocida Jair Bolsonaro", disse Boulos.

O foco da grande maioria dos manifestantes foi o impeachment de Bolsonaro. Um grupo de samba em um carro de som cantou músicas pedindo a saída do mandatário. "Ele não dá mais. Fora Bolsonaro. A gente aqui quer viver", dizia a letra.

"Mesmo com medo da aglomeração que poderia ocorrer, nós viemos. Tudo por causa do descaso do governo que fica fazendo piada de tudo o que está acontecendo. E porque o outro lado [apoiadores do presidente] está fazendo protesto", justificou a auxiliar de marketing Fabiana Rodrigues ao ser questionada sobre o que a levou à manifestação.

"Está valendo a pena participar, mesmo com aglomeração porque a população já fica aglomerada todos os dias no transporte público", disse o autônomo André Abílio.

Cartazes também zombavam do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Um grupo montou um boneco do ministro com um cartaz escrito General Pesadelo.

O boneco inflável que ironiza Bolsonaro, batizado de Capitão Cloroquino, foi erguido por integrantes do movimento Fora Bolsonaro/Acredito e virou atração no protesto.

As organizações estudantis UNE, Ubes e UJS e a frente Povo Sem Medo estavam à frente do ato. Aos gritos de "Fora Bolsonaro, genocida", estudantes sustentaram cadeiras sobre as cabeças reivindicando mais verba para educação.

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