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Foto: Fernando Frazão |
De acordo com o Datafolha, 39% dos entrevistados aceitam a presença de militares em eventos políticos e 4% não souberam opinar. Os que mais se dizem favoráveis à participação são os jovens (46%) e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (41%).
O caso mais recente da presença de um militar da ativa em ato político foi protagonizado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ele participou em um ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro em 23 de maio. Na ocasião, subiu em um carro de som com o chefe do Planalto e outros aliados depois de um passeio de moto no Rio de Janeiro (RJ).
O regulamento disciplinar do Exército prevê punição para o militar da ativa que “manifestar-se publicamente […] sem que esteja autorizado a respeito de assuntos de natureza político-partidária”. No ato com Bolsonaro, o ex-ministro falou rapidamente ao microfone: “Parabéns a vocês, parabéns à galera que está aí prestigiando o PR [presidente da República]. Tamo junto (sic).”
Ainda assim, o Exército decidiu não punir Pazuello.
Sobre a participação dos militares no governo, o Datafolha revela que 58% dos entrevistados são contrários; 38% concordam e 4% não souberam responder.
CORRUPÇÃO E GOVERNO BOLSONARO
O Datafolha perguntou aos entrevistados se consideravam haver corrupção no governo de Jair Bolsonaro. Setenta por cento responderam que sim e 23% afirmaram não acreditar em corrupção no governo federal.
Para 63%, há corrupção no Ministério da Saúde e 64% acreditam que o presidente sabia das suspeitas de irregularidades em contratos do Ministério da Saúde.
Os números coletados pelo Datafolha são semelhantes com a rejeição de Bolsonaro, que atingiu seu pico na última semana, como mostram o PoderData e o Datafolha. Segundo as pesquisas, 51% dos brasileiros reprovam o trabalho do presidente.
Na semana passada, o Datafolha confirmou diversos resultados publicados pelo PoderData dias antes, como o cenário eleitoral para 2022, a avaliação do presidente e seu governo e a opinião dos brasileiros sobre o impeachment.
Por exemplo, segundo o Datafolha, o apoio a um possível impeachment de Bolsonaro chegou a 54% da população. Os que acham que o Congresso não deve abrir o processo são 42%. Outros 4% não souberam responder.
Os números da divisão de estudos estatísticos do Poder360 mostram que 50% da população apoia a saída de Bolsonaro do cargo, enquanto 45% rejeitam. (PODER360).
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