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| Foto: André Mota de Souza |
Em meio a questionamentos sobre a periodicidade de sua política de preços, a Petrobras anunciou, nesta segunda (5), reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que subirão 6,3%, 3,7% e 5,9%, respectivamente.
Os novos preços seguem a alta das cotações internacionais
do petróleo e passam a vigorar nesta terça (6). O preço do diesel não era
reajustado desde o início de maio. Já gasolina e gás de cozinha foram alterados
no dia 11 de junho -o primeiro para baixo e o segundo, para cima.
Segundo a estatal, o preço do gás de cozinha subirá R$
0,20 por quilo, para R$ 3,60 (ou R$ 46,80 o botijão de 13 quilos. Já gasolina e
diesel subirão R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, para R$ 2,69 e R$ 2,81.
É o décimo-quinto aumento consecutivo no preço do gás de
cozinha nas refinarias da Petrobras, após um período de queda no início da
pandemia. Desde o início do governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal
acumula alta de 66%.
O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no
mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar prazos
mais longos antes de decidir por mudanças. Na sexta (2), a Ativa Investimentos
publicou relatório apontando defasagem de 20% no preço da gasolina.
"Pelo que estamos acompanhando, tal reajuste não
deverá ser dado pela Petrobras tão em breve, uma vez que a companhia tem
esperado intervalos maiores para reajustar os preços", escreveu o
economista-chefe da Ativa, Étore Sanchez.
Nesta segunda, pouco antes do anúncio da Petrobras, a
Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) havia calculado
as defasagens em 12% na gasolina e 7% no diesel. A entidade lembrou que a
última mudança no preço do diesel ocorreu há 66 dias.
Nesse meio tempo, as cotações internacionais do petróleo
dispararam, levando o Brent, referência internacional negociada em Londres, a
superar a barreira dos US$ 75 por barril pela primeira vez desde 2018. Na
sexta, a cotação estava em US$ 76,17.

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