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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Prisão de Milton Ribeiro abala campanha de Bolsonaro e esvazia discurso contra a corrupção

Foto: Evaristo Sá/AFP
A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu um abalo nesta quarta-feira, faltando pouco mais de três meses para a eleição, com a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. O ex-integrante do governo é alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura suspeitas de corrupção e tráfico de influência na pasta que comandava.

O episódio foi considerado um “desastre” por interlocutores do titular do Planalto, que avaliaram o caso como uma “tempestade perfeita”, pois ao mesmo tempo em que municia adversários contra o presidente, enfraquece o discurso de combate à corrupção que o elegeu há quatro anos.

Ribeiro foi preso por volta das 7h, em Santos, onde voltou a morar desde que deixou o governo, em março. Ele deve participar hoje de audiência de custódia via videoconferência. A investigação apura denúncia de que os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos — também presos — cobravam propina para facilitar a liberação de recursos do MEC para prefeituras.

O caso corre sob sigilo e não ficaram totalmente claras as motivações para a decretação da prisão preventiva. O advogado do ex-ministro, Daniel Bialski, confirmou que a mulher do antigo chefe do MEC, Myrian Ribeiro, recebeu R$ 60 mil de uma pessoa ligada a Moura. O advogado, contudo, afirmou ao Globo que o depósito é referente à venda de um carro e que não há “nada de errado”. Veja matéria na íntegra no Portal Folha de Pernambuco

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