Diante do reajuste, o governo federal possui outro projeto que visa cortar o imposto estadual para baratear o diesel, o gás natural e o gás de cozinha, a PEC dos Combustíveis (nº 16/2022). Em caso de aprovação no Congresso Nacional, a União irá reservar R$ 29,6 bilhões dos cofres do Tesouro para ressarcir, entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2022, os entes federados que decidirem zerar o ICMS sobre esses produtos. Os estados, porém, não serão obrigados a adotar a medida.
Com o subsídio em troca de zerar o ICMS, o governo conseguiria uma margem maior no desconto do preço, principalmente do diesel, que impacta toda a cadeia produtiva brasileira, já que a maior parte da produção nacional é transportada por caminhões. No entanto, a depender da volatilidade do preço do barril de petróleo no mercado internacional, especialistas apontam que, até o fim do ano, os preços poderão estar em patamares semelhantes aos de hoje.
"Quando se mexe em tributo, é como se você tivesse um tiro. Se você não acertar, não conseguiu fazer nada. Mesmo que o governo zere os impostos estaduais e federais, o preço do petróleo continuará reagindo ao mercado internacional. Então, dependendo dessa oscilação, pode não resolver os combustíveis e, ainda, criar um problema fiscal", diz o professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (Ibmec) William Baghdassarian. Por Correio Braziliense.
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