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Publicado por Blog do Ivonaldo Filho

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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

"Bolsocaro": carne, leite, arroz e feijão subiram mais que o dobro da inflação

A mesa dos brasileiros com renda mais baixa está cada dia mais vazia. É o que se pode ver ao comparar o aumento dos preços nos supermercados com os dados de consumo. Entre os preços que mais subiram desde o início do governo Bolsonaro estão os produtos da cesta básica. Os alimentos, na média, subiram 62% em Curitiba, mais que o dobro da inflação oficial, o INPC, que foi de 26,6% até setembro deste ano.

O estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) “Inflação Alta e Renda em Queda” mostra que do começo de 2019 a setembro de 2022, os preços que mais subiram foram do leite (91,53%), da carne (81,9%), do feijão (55,7%) e do arroz (53,15%). Quem ganha um salário mínimo teve de trabalhar 124 horas só para adquirir os produtos mais básicos da alimentação diária.

Como conta Neusa Felisberto, trabalhadora de conservação e asseio e moradora de área de ocupação em Curitiba: “Eu ganho um salário mínimo para sustentar três pessoas. Carne na minha casa não entra... É uma vez por mês, quando recebo, e das carnes mais baratas. Tenho vivido muito com cesta básica. Vamos ver se daqui pra frente vai melhorar, porque cada vez que se vai ao supermercado, as coisas estão mais caras.”

Mesma situação descrita por Aline Damiana, a "Polaca", moradora da área de ocupação Dona Cida, também em Curitiba. “A minha dificuldade nesses quase quatro anos é grande. Sou mãe-solo e está bem mais complicado porque a minha filha se separou e está também comigo. Sobre a comida e a mistura, está bem difícil. Vivo de ajuda, de doação, faço uns biquinhos. Carne é uma vez na vida e outra na morte. Mistura em casa é ovo e o ‘cabo de reio’, o salsichão”, conta. Veja matéria na íntegra no Brasil de Fato.

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