A volta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) está entre os primeiros atos do novo governo de Lula (PT), empossado presidente do Brasil pela terceira vez neste domingo (1º). O órgão, composto por membros do governo e da sociedade civil, deverá assessorar a presidência no combate à fome, tema que Lula afirma ser sua “prioridade número um”.
A reativação do Consea consta na Medida Provisória (MP) 1154/23, publicada no Diário Oficial no domingo (1º). De forma simbólica, o órgão que volta a existir no primeiro dia do novo governo Lula havia sido extinto em 2019, no primeiro dia do governo Bolsonaro (PL).
Quatro anos depois, o agora ex-presidente de extrema-direita assiste de Miami o seu adversário político assumir o comando do país que, sob sua gestão, atingiu a marca de 33,1 milhões de pessoas passando fome.
“Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas”, afirmou Lula no discurso de posse na Praça dos Três Poderes, para um público de centenas de milhares de pessoas. “Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que envergonha a todos ‘por favor, me ajuda’”, disse, com a voz embargada, ao chorar.
“Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome”, prosseguiu o presidente petista, depois de se recompor. “E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”, apontou. (Brasil de Fato)

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