O Governo Federal decidiu fechar o cerco e aumentar a fiscalização das compras de mercadorias feitas por brasileiros em sites e aplicativos instalados em países asiáticos. A decisão - que não foi detalhada oficialmente pelo Ministério da Fazenda ao longo de ontem (12) - dividiu opiniões e gerou polêmicas na internet e fora dela. Enquanto produtores comemoraram uma eventual taxação de compras em plataformas estrangeiras, consumidores fizeram protestos nas redes sociais. Os maiores atingidos são os usuários de sites como Shein, Shopee, Wish e Aliexpress
Existe uma expectativa de maior controle na entrada dos produtos vendidos por essas plataformas no País e, com isso, o governo quer arrecadar cerca de R$ 8 bilhões. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pessoas jurídicas que vendem através desses chamados marketplaces se passam por pessoas físicas para enviar seus produtos a consumidores brasileiros. O problema está no fato de que as remessas entre pessoas físicas, em valores de até US$ 50 são isentas de tributação.
Combate ao contrabando
Haddad disse que o objetivo do Governo é evitar a fraude ou “contrabando”, como ele classificou esse tipo de burla feito pelas empresas que tentam se passar por pessoas físicas. Em nota oficial, o Ministério da Fazenda disse que não haverá nenhuma mudança para quem atualmente compra e vende legalmente pela internet, que paga Imposto de Importação de 60%. A medida provisória a ser editada em breve antecipará a prestação de declarações pelas empresas quando as mercadorias ainda não tiverem chegado ao País.
“O que o Ministério da Fazenda pretende fazer é reforçar a fiscalização. A partir da medida provisória, o exportador vai ter que prestar declaração antecipada com dados do exportador e de quem compra, além do produto”, esclareceu o comunicado. A nota diz ainda que as mudanças beneficiarão o consumidor que receberá as compras online mais rápido, com mais segurança e qualidade. “Os produtos terão o processo de liberação agilizado, a partir das informações fornecidas, enquanto ainda estiverem em trânsito para o país”, informou o ministério. Por Aline Moura Com Agências.
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