O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a Caixa Econômica Federal para tentar derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e, com isso, provocou um calote bilionário no banco. Ao criar duas linhas de créditos - uma para a população negativada e outra para os beneficiários do Auxílio Brasil -, Jair Bolsonaro emprestou bilhões à população, mas não garantiu que o dinheiro retornasse ao banco.
Conforme reportagem do UOL, os empréstimos foram criados por meio de medidas provisórias, com aval do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
A primeira medida criava uma linha de microcrédito para pessoas negativadas, em março de 2022. O programa chamado SIM Digital emprestou ao todo R$ 3 bilhões, mas pouco do dinheiro foi retornado.
Conforme informado pela atual presidente do banco, Rita Serrano, a inadimplência do programa chegou a 80% neste ano. Isto é: a cada R$ 1.000 emprestados, R$ 800 não foram pagos.
O programa liberava de R$ 300 a R$ 1.000 para quem tinha dívidas de até R$ 3.000. A medida permitia que qualquer banco pudesse participar do programa, mas apenas a Caixa Econômica Federal se envolveu.
Segundo o levantamento, na época do lançamento, em um único dia 50 mil contratos foram assinados. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego - que acompanha o desempenho da linha de crédito - apenas no primeiro mês, a Caixa emprestou R$ 1,3 bilhão à população. Cinco de cada seis pessoas que pegaram o crédito eram negativadas.
Conforme a reportagem, parte do rombo deve ser coberto com verbas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Estima-se que seja utilizado R$ 1,8 bilhão do FGTS para cobrir o rombo, além de outros R$ 600 milhões a serem complementados pela Caixa.
Ainda segundo o UOL, os empréstimos chegaram ao fim com as denúncias de assédio sexual e moral do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Após a revelação das acusações, técnicos da Caixa suspenderam os empréstimos para negativados. Veja matéria na íntegra no Correio Braziliense.
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