No mesmo dia em que a futura ministra das Relações Exteriores de Javier Milei, Diana Mondino, desembarcou em Brasília para se reunir com integrantes do governo, a imprensa argentina divulgou uma carta, escrita pelo próprio Milei, e entregue por ela a Lula. No texto, Milei convida o presidente brasileiro para a posse, no dia 10 de novembro, fala em "muitos desafios", cita a ampla cooperação entre os maiores países da América do Sul e espera que possam "construir laços".
"Sei que o senhor conhece e valoriza fortemente o que significa este momento de transição para o histórico da República Argentina, seu povo e, naturalmente, para mim e para a equipe de colaboradores que me acompanharão na próxima gestão de governo", escreveu Milei, ao reforçar o convite para que Lula compareça à posse em Buenos Aires.
Até o momento, não há sinal de que o presidente brasileiro irá, a começar pela postura estabelecida por Milei quando o assunto é Lula: ao longo dos últimos meses, o então candidato se referia ao petista como "ladrão" e "comunista" ,e sugeriu, em algumas oportunidades, que não manteria laços com ele caso chegasse à Casa Rosada. O convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro para a posse — que deve levar uma comitiva numerosa —, abalou ainda mais o ímpeto de Lula em comparecer.
Contudo, nos dias que antecederam a votação já havia contatos entre o então favorito a vencer a disputa com Sergio Massa — que era favorito do Planalto — e Brasília. Na sexta-feira, o embaixador da Argentina, Daniel Scioli, se reuniu com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em Brasília, encontro que antecedeu a viagem de Diana Mondino. Por Agência O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário