Páginas

terça-feira, 19 de março de 2024

Cid confirmou que recebeu ordem de Bolsonaro para fraudar cartões de vacina no sistema do SUS

Ao indiciar Jair Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação, a Polícia Federal apontou que o ex-ajudante de ordens afirmou ter sido o próprio ex-presidente quem ordenou a fraude em seu certificado de vacinação contra a Covid-19 e no de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos.

O advogado Fabio Wajngarten, que defende Bolsonaro, lamentou o “vazamento” da informação do indiciamento do ex-presidente pela PF. Segundo ele, o ato deveria “ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu por retirar o sigilo do caso nesta terça-feira (19).

No relatório enviado à Corte com o indiciamento de Bolsonaro, Cid e outras 15 pessoas, a PF inclui trecho do depoimento em que ele afirma “QUE confirma recebeu a ordem do ex-Presidente da República, JAIR BOLSONARO, para fazer as inserções dos dados falsos no nome dele e da filha LAURA BOLSONARO; QUE esses certificados foram impressos e entregue em mãos ao presidente”.

No documento, os investigadores também escrevem: “Em relação às inserções de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do então Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO e de sua filha LAURA FIRMO BOLSONARO, em termo de depoimento, o colaborador MAURO CESA BARBOSA CID afirmou que o então Presidente da República ao tomar conhecimento de que MAURO CESAR CID possuía cartões de vacinação contra a Covid-19 em seu nome e em nome de seus familiares, ordenou que o colaborador fizesse as inserções para obtenção dos cartões ideologicamente falsos para ele e sua filha LAURA”. Por Folha de Pernambuco/Agência O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário