Garanhuns inaugura 1º Caps Infantojuvenil do Agreste pernambucano

O novo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) José Inaudo Gomes foi inaugurado pela Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Saúde, e já iniciou, nesta terça-feira (2), o atendimento de crianças e adolescentes que apresentem quadro de sofrimento ou adoecimento psíquico. Este é o primeiro equipamento Caps Infantojuvenil da região Agreste de Pernambuco.

A solenidade de entrega, realizada na noite de segunda-feira (1), teve a presença do prefeito Sivaldo Albino, da secretária de Saúde, Catarina Tenório e de autoridades e cidadãos. O prefeito destacou a importância do equipamento na vida das crianças e jovens da cidade. “Fazer uma entrega como essa toca o nosso coração. Podemos dizer que o acompanhamento oferecido aqui vai ajudar a salvar vidas”.

A secretária Catarina Tenório também expressou alegria pela conquista ao mencionar a trajetória até a implantação do Capsi. “Este é um sonho que foi sonhado junto e se tornou realidade. Abrimos as portas para a população para dar o direito às crianças e adolescentes que sempre foram invisibilizadas. Não medimos esforços: só de folha de pagamento, serão R$ 100 mil mensais custeados com recursos próprios até conseguirmos a habilitação junto ao Ministério da Saúde”.

Além dos gestores, a solenidade contou com a presença de referências na área de saúde mental. A coordenadora de Saúde Mental do município, Geane Melo, disse: “Esse espaço é um símbolo de luta antimanicomial. Que esse Caps Infantil seja um espaço de vida e de ressignificação das dores daqueles que sofrem”. Presidente da Associação Autismo em Foco, Renata Amorim também comemorou a implantação do Capsi. “Os nossos filhos já não estão mais fora da sociedade. Diante de um serviço como esse, crianças terão a oportunidade de ter um diagnóstico precoce, o que faz toda a diferença em suas vidas”.

Emocionado, o professor Itamar Lages, coordenador das residências da Universidade de Pernambuco e membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos, acrescentou: “Posso dizer, em nome da minha equipe de residentes de Saúde da Família do Campo, que um grupo expressivo de beneficiários serão as crianças e os adolescentes dos quilombos”.