Em meio a uma escalada de radicalização impulsionada por parlamentares bolsonaristas, o Congresso Nacional chega ao terceiro dia de impasse e protestos, com sessões tumultuadas e incerteza sobre a continuidade dos trabalhos legislativos. A cobertura é do Globo, que acompanhou os desdobramentos da crise deflagrada após a imposição da prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na noite de quarta-feira (6), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu abrir a sessão da Casa após intensas negociações e resistência física de deputados da oposição, que tentavam impedir o andamento dos trabalhos. Gritos, empurra-empurra e ocupação da Mesa da presidência marcaram o momento. “A obstrução não fez bem a esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, mas dentro do nosso regimento”, declarou Motta, em tom firme. E completou: “Não vivemos tempos normais, não podemos negociar nossa democracia”.
Sessão relâmpago sem votações - Convocada para as 20h30, a sessão foi aberta apenas às 22h24 e encerrada às 22h41. A pauta previa a votação de uma Medida Provisória que libera crédito extraordinário para ressarcir aposentados e pensionistas prejudicados por fraudes no INSS, mas o clima de instabilidade impediu qualquer deliberação. Em seu discurso, Hugo Motta afirmou que "projetos individuais não podem estar à frente daquilo que une todos nós, que é o nosso povo e população".
Acordo difícil e resistência bolsonarista - Antes da abertura da sessão, Motta articulou um acordo com líderes de diversas siglas — entre elas PP, União Brasil, PSD, MDB, Republicanos, PT, PSB e PDT. Ficou acertado que parlamentares que continuassem com ações de obstrução poderiam ter os mandatos suspensos por seis meses e seriam retirados pela polícia legislativa. Mesmo com o aviso, deputados ligados a Bolsonaro insistiram na ocupação do plenário, o que exigiu nova rodada de negociações. Confira matéria na íntegra no Portalbrasil247.
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