Pernambuco enfrenta uma encruzilhada climática e social que o coloca no centro de debates que devem chegar à Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), evento que será realizado em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 25 de novembro. Pernambuco vive uma combinação de secas mais frequentes no interior e enchentes e deslizamentos na faixa costeira, além da elevação do nível do mar e perda de serviços ecossistêmicos, tudo isso sobre um território com desigualdade social.
Governos estaduais e municipais, ONGs e grupos independentes já estão se mobilizando e discutindo os temas que podem ser debatidos no evento mais importante em relação ao meio ambiente. Esta é a primeira vez que a COP-30 é feita no Brasil, reunindo líderes de 193 países e representantes da sociedade civil para discutir o futuro do planeta.
Uma das iniciativas da Prefeitura do Recife é a formação da comissão Jovens no Clima 2025, que selecionou 18 projetos liderados por jovens de 15 a 29 anos da capital, incentivando soluções criativas para os desafios ambientais e climáticos da cidade.
Já em âmbito estadual, Pernambuco vem enfrentando uma mudança na frequência das secas, uma vez que as estiagens anuais tornaram-se mais frequentes. Essa tendência aumenta o risco de racionamento, perda de safra e estresse hídrico em cidades e na agricultura familiar do Sertão e Agreste. Essa são algumas das situações que o governo deve levar para a COP-30, bem como as soluções que vem buscando. A pauta oficial da gestão ainda está em fase de articulação.
Atualmente, por exemplo 102 cidades estão em situação de emergência por conta da estiagem. Destas, 69 estão localizadas nas regiões do Agreste, do Sertão do Moxotó, do Sertão do Pajeú e do Sertão do São Francisco, onde a falta de chuvas compromete os reservatórios, a rede de abastecimento de água e a produção agrícola. Medidas emergenciais como apoio logístico às prefeituras, distribuição de água por meio de carros-pipa, obras em sistemas de abastecimento e solicitação de ajuda humanitária ao governo federal estão entre as respostas dadas ao problema, como já é comum. Veja notícia na íntegra no Diário de Pernambuco.

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