O Nordeste brasileiro caminha para uma mudança climática intensa nos próximos anos, especialmente se as emissões de CO2 seguirem em padrões altos no mundo. Caso isso ocorra, a região pode ter mais da metade do seu território com clima árido, similar ao de desertos, até o final deste século, em 2100.
As conclusões foram apresentadas pelo Cepas (Centro Estratégico de Excelência em Políticas de Águas e Secas), da UFC (Universidade Federal do Ceará), em um boletim produzido para a COP30. O estudo traz dois futuros possíveis: o primeiro, com a redução das emissões; e um segundo com as emissões altas. "A aridez avança mesmo no limite mais otimista das projeções", alerta.
A pesquisa usa como base o índice de aridez de Thornthwaite, que classifica os climas como árido, semiárido, subúmido e úmido. Esse índice é referendado internacionalmente e calculado a partir da razão entre o déficit hídrico e a evapotranspiração potencial anual.
Já os cenários possíveis para as emissões foram escolhidos entre 19 projeções globais do CMIP6 (uma colaboração internacional que utiliza e compara modelos climáticos para entender as mudanças climáticas passadas, presentes e futuras). (Uol)
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