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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mancha verde toma conta de boa parte do Rio São Francisco em Jatobá no sertão de Pernambuco (Foto e Vídeo)


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Uma vegetação que surgiu no Rio São Francisco na comunidade do Mari, Zona Rural de Jatobá, tem formado uma enorme mancha verde em boa parte do rio, e vem causando transtornos e prejuízos aos povoados beira rio e comerciantes dos balneários locais. A informação está no Portal Jatobá desta terça-feira.

A mudança na água do rio foi percebida no último fim semana e, nesta quarta-feira (07), o comerciante do Restaurante Balneário, Ivanildo Palmeira, preocupado com a situação chamou o parlamentar Dione Laertison, para que o mesmo o pudesse ajudar levando a situação para algum órgão fiscalizador. O parlamentar esteve no local e chegou a recolher amostras da água.

Segundo informou o parlamentar, em um trecho do rio já se pode notar a presença de peixes mortos, e alguns moradores que chegaram a tomar banho na água ficaram com os corpos coçando.

A mancha verde que se inicia no Mari, e já chegou aos balneários de Jatobá, já forma uma extensão que chega a aproximadamente 8 km.

Moradores da Beira Rio estão preocupados sem saber realmente a causa deste efeito na água, ou que tipo de substância está nela, além da preocupação com danos na natureza. “Pode afetar as aves, pode afetar os peixes, pode afetar a qualidade da água”, disse preocupado o vereador Dione Laertison.

Segundo comentou em uma rede social o Engenheiro de Pesca André Freire, diz que esse efeito se trata de “cianobactérias”.

Veja o que diz o Site Mundo Educação sobre as Cianobactérias:

Quando ocorre o aumento do número de cianobactérias na água, temos um grave problema ambiental e de saúde pública. Ao se proliferarem em demasia em rios e lagos, elas impedem a transparência da água, o que leva a um processo de desoxigenação. Além disso, as cianobactérias têm por característica a produção de substâncias altamente tóxicas que alteram a cor e o gosto da água. Essas toxinas podem gerar sérios riscos à saúde humana.
Acredita-se que existem cerca de 2000 espécies de cianobactérias, sendo mais de 40 produtoras de toxinas.

As toxinas produzidas pelas cianobactérias recebem o nome de cianotoxinas. As cianotoxinas podem ter efeito neurotóxico, hepatotóxico e dermatotóxico ou citotóxico. Algumas dessas toxinas possuem efeito extremamente rápido e levam à morte por parada respiratória após pouco tempo depois da ingestão. A citotoxina mais comum é a microcistina, que tem efeito hepatotóxico.

Animais como bois, cavalos, porcos e cães morrem frequentemente em razão do envenenamento após ingestão de água com florações. Nos humanos, o primeiro caso confirmado de morte em virtude dessas toxinas aconteceu em 1996, quando 60 pacientes de uma clínica de hemodiálise em Pernambuco morreram após apresentarem um quadro de hepatotoxicose. Após as mortes, observou-se que no sistema de purificação de água da clínica havia a presença de microcistinas e cilindrospermopsina, no sangue dos pacientes foi observada a presença de microcistinas e no reservatório de água da cidade havia a presença de cianobactérias.

A partir daí começaram as preocupações, cada vez mais crescentes, com a observação da qualidade da água dos reservatórios em relação à presença de cianobactérias. Agora, todas as empresas responsáveis pela distribuição de água controlam constantemente os níveis máximos aceitáveis das cianobactérias.


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