Uma vegetação que surgiu
no Rio São Francisco na comunidade do Mari, Zona Rural de Jatobá, tem formado
uma enorme mancha verde em boa parte do rio, e vem causando transtornos e
prejuízos aos povoados beira rio e comerciantes dos balneários locais. A informação está no Portal Jatobá desta terça-feira.
A mudança na água do rio
foi percebida no último fim semana e, nesta quarta-feira (07), o comerciante do
Restaurante Balneário, Ivanildo Palmeira, preocupado com a situação chamou o
parlamentar Dione Laertison, para que o mesmo o pudesse ajudar levando a situação
para algum órgão fiscalizador. O parlamentar esteve no local e chegou a
recolher amostras da água.
Segundo informou o
parlamentar, em um trecho do rio já se pode notar a presença de peixes mortos,
e alguns moradores que chegaram a tomar banho na água ficaram com os corpos
coçando.
A mancha verde que se
inicia no Mari, e já chegou aos balneários de Jatobá, já forma uma extensão que
chega a aproximadamente 8 km.
Moradores da Beira Rio
estão preocupados sem saber realmente a causa deste efeito na água, ou que tipo
de substância está nela, além da preocupação com danos na natureza. “Pode
afetar as aves, pode afetar os peixes, pode afetar a qualidade da água”, disse
preocupado o vereador Dione Laertison.
Segundo comentou em uma
rede social o Engenheiro de Pesca André Freire, diz que esse efeito se trata de
“cianobactérias”.
Veja o que diz o Site
Mundo Educação sobre as Cianobactérias:
Quando ocorre o aumento
do número de cianobactérias na água, temos um grave problema ambiental e de
saúde pública. Ao se proliferarem em demasia em rios e lagos, elas impedem a
transparência da água, o que leva a um processo de desoxigenação. Além disso,
as cianobactérias têm por característica a produção de substâncias altamente
tóxicas que alteram a cor e o gosto da água. Essas toxinas podem gerar sérios
riscos à saúde humana.
Acredita-se que existem
cerca de 2000 espécies de cianobactérias, sendo mais de 40 produtoras de
toxinas.
As toxinas produzidas
pelas cianobactérias recebem o nome de cianotoxinas. As cianotoxinas podem ter
efeito neurotóxico, hepatotóxico e dermatotóxico ou citotóxico. Algumas dessas
toxinas possuem efeito extremamente rápido e levam à morte por parada
respiratória após pouco tempo depois da ingestão. A citotoxina mais comum é a
microcistina, que tem efeito hepatotóxico.
Animais como bois,
cavalos, porcos e cães morrem frequentemente em razão do envenenamento após
ingestão de água com florações. Nos humanos, o primeiro caso confirmado de
morte em virtude dessas toxinas aconteceu em 1996, quando 60 pacientes de uma
clínica de hemodiálise em Pernambuco morreram após apresentarem um quadro de
hepatotoxicose. Após as mortes, observou-se que no sistema de purificação de
água da clínica havia a presença de microcistinas e cilindrospermopsina, no
sangue dos pacientes foi observada a presença de microcistinas e no
reservatório de água da cidade havia a presença de cianobactérias.
A partir daí começaram
as preocupações, cada vez mais crescentes, com a observação da qualidade da
água dos reservatórios em relação à presença de cianobactérias. Agora, todas as
empresas responsáveis pela distribuição de água controlam constantemente os
níveis máximos aceitáveis das cianobactérias.
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