Num comunicado oficial, o Facebook respondeu acusações
feitas pelo jornal americano The New York Times e admitiu que permitiu que
empresas parceiras, como Spotify e Netflix, acessassem milhões de mensagens
privadas dos usuários. “Mas a maioria desses recursos agora desapareceu.
Encerramos nossas parcerias com empresas de dispositivos e plataformas meses
atrás, após um anúncio em abril”, afirmou diretor de plataformas e programas
para desenvolvedores, Konstantinos Papamiltiadis. A informação é do Blogs NE10.
Mesmo assim, até pelo menos o fim de 2017, empresas como
como Spotify, Netflix, Amazon e Yandex tiveram acesso a dados de usuários. A
justificativa do Facebook é de que isso permitia que essas empresas possam usar
seus recursos de mensagens nativos da rede social por meio dos seus
aplicativos.
A matéria do Times afirma que o Spotify podia ver as
mensagens de mais de 70 milhões de usuários do Facebook por mês. E ainda que
Spotify, Netflix e Royal Bank of Canada podiam ler, escrever e até excluir
mensagens das pessoas.
“Para ser claro: nenhuma dessas parcerias ou recursos deu
às empresas acesso a informações sem a permissão das pessoas, nem violaram
nosso acordo de 2012 com a FTC”, reafirma Papamiltiadis. Isso acontecia quando
as pessoas faziam login nesses apps de terceiros usando suas contas do
Facebook. O processo pede por uma série de permissões do usuário, entre elas, o
acesso às mensagens. Apesar disso, a maior parte das pessoas – principalmente
por não ler as “letras miúdas” – desconhecia esse fato.
“Ainda assim, reconhecemos que precisamos de um
gerenciamento mais rigoroso sobre como parceiros e desenvolvedores podem
acessar informações usando nossas APIs. Já estamos no processo de analisar
todas as nossas APIs e os parceiros que podem acessá-las”, conta o executivo da
empresa.
Vale ressaltar que tanto o Spotify quanto o Netflix
disseram ao Times que não sabiam que tinham esse tipo de acesso. O Facebook
disse ao New York Times que não encontrou evidências de abuso por parte dos
parceiros. Tampouco a Netflix disse ao Business Insider que acessou as
mensagens dos usuários.
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