Imagem: Maxim Shemetov/Reuters |
A Rússia afirmou nesta quinta-feira que as tropas que chegaram nos últimos dias à Venezuela permanecerão no país "o tempo que for necessário" para o regime de seu aliado Nicolás Maduro.
Um dia depois das advertências do presidente americano
Donald Trump sobre a presença russa em território venezuelano, a chancelaria
russa declarou que os militares enviados a Caracas são "especialistas
russos".
"Eles estão trabalhando na implementação dos acordos
assinados no campo da cooperação técnica e militar. Quanto tempo levará?
Enquanto for necessário para o governo venezuelano", declarou aos
jornalistas a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
Segundo a porta-voz, a presença de russos na Venezuela não
é uma ameaça.
"A Rússia não infringiu nada, nem os acordos
internacionais, nem o Direito venezuelano. Ela não muda o equilíbrio de forças
na região e não ameaça ninguém, diferentemente de Washington", ressaltou
Zakharova.
A porta-voz classificou as críticas de autoridades
americanas esta semana de "tentativa arrogante de ditar para Estados soberanos
como têm de se relacionar entre eles".
"Nem Rússia nem Venezuela são províncias dos Estados
Unidos", insistiu.
Enquanto os Estados Unidos reconhecem Juan Guaidó como
presidente interino do país e exigem a saída de Nicolás Maduro, a Rússia acusa
os americanos de tentarem organizar um golpe de Estado no país.
Na quarta-feira, o presidente americano, Donald Trump,
pediu à Rússia que saia da Venezuela, após a tensão criada pelo envio de
militares e material russos para Caracas.
A União Europeia (UE), por sua vez, fez uma advertência
nesta quinta-feira contra qualquer ação que possa agravar a situação na
Venezuela.
Fonte: AFP
Fonte: AFP
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