Estadão Conteúdo
O ex-ministro de Saúde do Hamas e presidente do Conselho de
Relações Internacionais do grupo radical palestino, Basem Naim, rebateu nesta
sexta-feira (5) as declarações do senador Flávio Bolsonaro sobre o grupo, que
nesta semana divulgou nota condenando a visita do pai dele, o presidente Jair
Bolsonaro, a Israel.
"O filho do presidente brasileiro extremista está
atacando o Hamas porque rejeitamos o apoio ilimitado do novo governo brasileiro
à ocupação israelense, que é uma contradição ao apoio histórico do Brasil ao
povo palestino", escreveu Naim no Twitter, em um post que replica uma
declaração do filho do presidente de que ele gostaria que "O Hamas se
explodisse".
"Território ocupado"
"Jerusalém é um território ocupado, de acordo com o
direito internacional, e ninguém, incluindo Jair Bolsonaro, tem o direito de
legitimar a ocupação israelense", acrescentou Naim.
Ainda de acordo com o membro do Hamas, a política de
Bolsonaro para Israel prejudica as relações históricas do Brasil com
palestinos, árabes e muçulmanos.
"As políticas dele (Bolsonaro) estão apenas
desestabilizando a região", afirmou o membro do Hamas. "Esperamos que
o corajoso povo do Brasil interrompa essas políticas perigosas."
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