O prefeito Marcelo Crivella (PRB) foi notificado nesta
sexta-feira (5) da abertura de processo de impeachment ao qual terá que
responder na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
O vereador Paulo Messina, um dos integrantes da comissão
processante criada para analisaá o pedido de impeachment, designou o procurador
da Câmara, Flávio Brito, para entregar a denúncia ao prefeito em seu gabinete,
no Centro Administrativo São Sebastião, sede administrativa da prefeitura, na
Cidade Nova. Crivella terá 10 dias para entregar a defesa. O prazo expira no
dia 17 deste mês.
A comissão processante criada pela Câmara do Rio para
investigar denúncias de infrações político-administrativas que teriam sido
cometidas pelo prefeito Marcelo Crivella reuniu-se hoje pela primeira vez. O
colegiado é formado pelos vereadores Willian Coelho, do MDB, Luiz Carlos Ramos
Filho, do Podemos, e Paulo Messina, do Pros.
O pedido de impeachment tem como base suspeitas de
irregularidades em contratos do município com empresas de publicidade para
exploração de mobiliário urbano, como pontos de ônibus e relógios digitais.
Segundo a denúncia, os contratos foram prorrogados sem previsão em edital.
O relator do processo na comissão processante, Luis Carlos
Ramos Filho, destacou, na abertura dos trabalhos, sua posição de independência
em relação ao governo municipal e disse que agirá com imparcialidade e
transparência no processo, que considerou “um capítulo triste na história do
Rio”.
Aliado de Crivella, Paulo Messina, que foi exonerado do cargo
de secretário da Casa Civil a pedido, para retomar o mandato de vereador, pediu
que os parlamentares se atenham aos documentos que serão apresentados, por
tratar-se de uma denúncia de infração político-administrativa, e não criminal.
“Ninguém aqui fez concurso para juiz. Nosso trabalho é
instrutório para a decisão do plenário. Seremos fiéis aos autos”, afirmou
Messina, cuja indicação para a comissão processante foi questionada por alguns
colegas.
O presidente da comissão, Willian Coelho, acatou uma sugestão
do presidente da Casa, vereador Jorge Felippe, do MDB, de já solicitar à
prefeitura o inteiro teor dos contratos questionados para agilizar o trabalho
do grupo. (Blog do Esmael)
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